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A importância do brincar para crianças com TEA
A importância do brincar para crianças com TEA

O processo de brincar, independentemente de qual for o brinquedo utilizado, não pode ser subestimado ou resumido em uma simples ação qualquer, pois, por detrás da brincadeira, teremos uma complexa formação de aprendizados intrapessoais, assim como, interpessoais de cada sujeito em questão.

Ao pensar na população diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista), a relação com o brincar será compreendida como uma oportunidade de trabalho complementar e uma forma alternativa de ampliar o neurodesenvolvimento, como também, as relações com outras pessoas e as habilidades sociais.

                     Quando se fala do TEA, é importante atentar ao fato de que algumas crianças apresentam prejuízos em determinadas funções, sejam elas relacionadas à capacidade do entendimento simbólico ou às habilidades de relacionamento com o outro e com o mundo, de modo a acometer significativamente a ludicidade. (MOURA, SANTOS, MARCHESINI, 2021).

Dentro deste raciocínio, cabe uma apresentação do que de fato seria uma compreensão a respeito do brincar. Abrangendo este ato não apenas para o público da primeira infância, mas podendo administrar este conceito para todos os públicos, adentrando no universo dos adultos.

“Assim, a brincadeira pode ser classificada como uma das protagonistas no desenvolvimento da criança e de suas funções psicológicas, desde capacidades de imitação, atenção, memória e imaginação até a solidificação de habilidades socioemocionais por meio da interação da criança com o outro e com o meio”. (MOURA, SANTOS, MARCHESINI, 2021).

O brincar discorre em sua relevância ao sujeito não apenas por meio da provocativa de socialização, mas expandindo aos campos dos aprendizados e desenvolvimentos subjetivos e emocionais, porém, se adota o “protagonismo” por via da imaginação, do “faz de conta”, da elaboração psíquica de poder criar, elaborar, ousar, misturar e organizar as informações obtidas nos meios externos que a criança se faz presente.

Podemos ainda, comentar sobre a participação da criança, no processo do brincar, direcionado na formulação e elaboração compreensiva das regras, das angustias, das frustrações perante uma perda, da experiência fomentada advinda da brincadeira perante o meio real interacional dos sujeitos em sociedade.

 

 “Sabe-se que a brincadeira é dotada de um grande teor de imaginação, mas é importante salientar que o ato do brincar vai além de situações imaginárias, já que brincadeiras e jogos proporcionam à criança o contato com o estabelecimento de regras, maneiras de se relacionar consigo e com o outro e aspectos que reforçam o desenvolvimento cognitivo”. (MOURA, SANTOS, MARCHESINI, 2021).

Em suma, se pode dissertar, como já supracitado, o processo do brincar como sendo uma adesão saudável, importante, construtiva e rica em diferentes áreas para a criança, elucidando exemplos como os meios sociais, psicológicos, cognitivos e emocionais. Neste momento, por meio deste ato de brincar, ainda poderá auxiliar nos processos de ensinamentos acadêmicos e das habilidades sociais para as crianças e adolescentes com TEA.

Referencias:

MOURA, Alanna Moura e; SANTOS, Bruna Monyara Lima dos; MARCHESINI, Anna Lúcia Sampaio. O brincar e sua influência no desenvolvimento de crianças com transtorno do espectro autista. Cad. Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv., São Paulo, v. 21, n. 1, p. 24-38, jun.  2021.

Autor: Psicólogo, Renato Dell Buono

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